O BLOG DE DEZEMBRO/2014
AO APAGAR DAS LUZES...
A ESCRITA E AS
LEITURAS
Nós, escritores,
somos também leitores.Alguns de nós leitores compulsivos.E,crentes,porque
,acreditamos naquilo que lemos.
D. Quixote
começou a tomar moinhos de vento como gigantes, porque leu,num livro
de aventuras que,um dia,nesta terra houve gigantes.E,acreditou no
livro.Comecei a sonhar com sereias depois que abri a Odisseia e li que o herói,Ulisses,foi tentado pelo seu
canto.
Percebi ,participei
e odiei a guerra depois que li Erich Maria Remarke descrevê-la em “Nada de Novo
no Front”,um impacto muito forte no espírito e na mente de uma jovem de quinze
anos.
O escritor é um
crente. Apesar de já ter deixado a juventude – a idade das crenças – para
trás,e caído na dura realidade adulta,ele ainda crê e continua lutando contra
moinhos de vento.Tenta mudar o mundo em vez de associar-se a ele,quer derrubar
preconceitos,inculcar ideias novas em corações e mentes e acima de tudo ser fiel a si mesmo.Crer no seu
talento quando todos o ignoram.
Afinal, o que é
um escritor?Apenas alguém que escreve? O professor, o padre,o contador ,o
jornalista também escrevem ,mas,nem todos são escritores.
Escritor é quem
publica? Mas, existem os amadores,os que
escrevem, mas, não publicam por medo ou timidez.
Escritor é quem
tem sucesso? Falado na mídia, detentor de prêmios,convidado de festas
literárias e ou acadêmicas,citado,lido,autor de livros colocados nas principais
livrarias,apontado ,respeitosamente nos aeroportos ou restaurantes;não raro
,solicitados a dar autógrafos nos livros que escrevem ou deitar opiniões sobre
tudo e todos.
E, no entanto,o
verdadeiro escritor não é midiático;escrever é um ato solitário e,na
verdade,ele detesta ser “arroz de festa”.Se pudesse,estaria calmo,no seu
canto,assuntando o mundo,para só então,descrevê-lo.
“Nós, escritores,jamais
mudaremos o mundo” afirma Saramago,o festejado escritor luso,que complementa:”A
Arte e a Literatura não tem poder diante dos exércitos”,mas,o escritor
tem,sim,a responsabilidade da ética e da palavra e não pode ser venal.
Como cidadãos
temos o dever de protestar, de expor nossas ideias,temos que uivar,como diz o
nobre escritor supra – citado.
A literatura
revela segredos nossos, pensamentos escondidos, verdades reveladas não por
Deus,como dogma,nem pela mão de chumbo do poder,mas,apenas,pela nossa
imaginação,pela faculdade humana de meditar e tentar mudar conceitos pré
–estabelecidos.Não mudamos o mundo,mas,se mudarmos uma pessoa,podemos nos dar
por satisfeitos,pois,não escrevemos em vão.
Será que esta forma
de fazer literatura, essa sintonia entre o livro e o leitor está morrendo nos
tempos de agora?Cervantes e Nietzsche estarão sendo derrotados pela TV de Ted
Turner ou pelo PC de Bill Gates?O Google é meu pastor, nada me faltará,esta é a nova crença?
Cresci na Era do
Rádio e do jornal, no interior da Bahia,onde meu pai,todas as manhãs,sentava-se
na espreguiçadeira para ler “A Tarde”; “saiu na Tarde é verdade”,rezava o
slogan.
Hoje, pela TV,assistimos
ao vivo e a cores em alta definição no HD ,a genocídios cometidos mundo a fora,golpes de estado,morticínio e
injustiças diversas.Não precisamos ouvir ou ler sobre isso para acreditar; basta
olhar.
Os jornais e
revistas que ás vezes trazem o artigo de
um escritor nos chegam com gosto de café requentado.
Muitos já o
postaram no Facebook, nos seus sites e blogs e nos jornais virtuais ,como eu
faço.
São lidos muito
mais rápidos através do mundo. O Feedjit se encarrega de me mostrar quem são,de
onde veem,através de que canais e o que leem.Um círculo precioso que Dante
jamais poderia ter colocado no paraíso,porque,hoje não se publica, se posta.
O certo é que
,nós,que escrevemos,resistimos,insistimos e escrevendo ou postando, não devemos
deixar de transmitir ideias ou experiências. A palavra é nossa ponte para o
sempre.Nos esforçamos para criar leitores desde a infância ;que leiam ,não
importa se no livro impresso,tão caro á nossa geração ou o e-book ou
e-pub,lidos nos tablets e celulares.Pois o livro é a educação dos sentidos
através da linguagem;é a intimidade do nosso país,o conceito que fazemos de nós
mesmos e do nosso povo,o repositório da nossa cultura e tradição.
Hoje,mais do que
nunca,impresso ou virtual o livro dá voz ao ser humano e diz que se não
falarmos, quem mais falará?Seremos uma sociedade refém do silêncio.
Miriam de Sales
Escritora, editora,palestrante
e blogueira
Receita de ano novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
BÛCHE DE NÖEL (MAS,
PODE SER DO ANO NOVO ,TAMBÉM.)
Natal é tudo de
bom.As luzes,as cores,os presentes,a confraternização,o amor,no ar.E a
gastronomia!
Quitutes
deliciosos,europeus ou tropicais,sobremesas de dar água na boca.
O champanhe,os
ponches,os vinhos...
Os
franceses,mestres da gastronomia mundial celebram o Natal com um bolo delicioso
em formato de tronco de árvore.
Minha mãe,embora
fosse brasileira e nordestina,adorava fazê-lo,decorado com pequenas flores e
folhas de marzipan e até passarinhos;ficava tão lindo que dava pena comer!
Mas,de quem foi a
idéia desta maravilha?Como surgiu?
Conta-se que, desde
a Idade Média,os franceses,quando saiam para a Missa do Galo,naquele frio de
Dezembro,costumavam deixar troncos queimando na lareira,para encontrar de volta
a casa,aquecida.E,aromatizada,se os troncos fossem de pinheiros.
Um confeiteiro
resolveu fazer um bolo no formato de tronco.
Daí nasceu o “Bûche
de Nöel”,essa delícia que ora passo para vocês.
INGREDIENTES:
5 ovos
5 colheres(sopa)de
açúcar
½ xícara (chá)de
leite
1xícara (chá )de farinha de trigo
½ xic.(chá) de
amêndoas trituradas
Manteiga para
untar.
RECHEIO:
1 lata de leite
condensado
1 colher(sopa)
manteiga
½ xic.(chá) de
amêndoas peladas,torradas e moídas
COBERTURA DE GANACHE
315 grs. chocolate
amargo,picado
560 ml creme de
leite fresco
1 colh. (chá) de
baunilha
Nozes trituradas e
moidas
1 pitadinha de sal
PREPARO:
MASSA:
Bata os ovos até dobrarem de volume.Junte o açúcar
e bata um pouco mais;diminua a velocidade da batedeira e junte o leite;desligue
e,com cuidado,adicione a farinha,as amêndoas.Misture devagar.
Despeje numa forma
retangular untada e forrada com papel manteiga.Leve ao forno médio,pré aquecido
por cerca de 30 minutos.
RECHEIO:
Numa panela,coloque
o leite condensado com a manteiga;cozinhe em fogo baixo,mexendo sempre até
soltar do fundo da panela.Retire do fogo,junte as nozes moídas e misture bastante.
Desenforme a massa
e recheie com essa mistura. Enrole como rocambole ajudada pelo papel-manteiga.
COBERTURA:
Junte o chocolate e o creme de leite e leve ao fogo
em banho-maria, mexendo até misturar bem – levei diretamente ao fogo baixo,
mexendo sem parar até derreter o chocolate. Leve à geladeira por 2 horas – você
pode colocar a tigela dentro de outra com água e gelo para acelerar o processo
de resfriamento.Quando a mistura estiver fria, adicione a baunilha e o sal.
Bata na batedeira em velocidade média-alta até que o creme encorpe e você
consiga picos cremosos com ele.
Monte a bûche:
desenrole o bolo. Espalhe o recheio, polvilhe as nozes e enrole gentilmente,
formando um rocambole. Coloque-o numa travessa, com a junta para baixo.
Corte um pedaço e faça o nó do tronco. Cubra com o ganache, fazendo movimentos
irregulares com a espátula – o bolo deve lembrar um tronco de árvore. Corte as
pontas com uma faca serrilhada – cobri as pontas também com ganache. Decore com
raspas de chocolate, açúcar de confeiteiro – usei cacau em pó para lembrar
terra – e cogumelos de suspiro.
Se desejar,enfeite com folhas e flores de marzipan.
MOMENTO DE REFLEXÃO
2015 É O ANO DA PUBLICAÇÃO DO SEU LIVRO
COM A EDITORA PIMENTA MALAGUETA VOCÊ PODE!
SALÃO INTERNACIONAL DE TURIM
|
ESTAREMOS LÁ!
AUTORES PARTICIPANTES
OBRIGADA PELA VISITA.
NOS VEREMOS EM 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário