sexta-feira, 17 de abril de 2015

NOSSOS MÚLTIPLUS "EUS"

                                      O BLOG DE ABRIL/15
                                                                    
                                               NOSSOS MÚLTIPLUS "EUS"

Você já  pensou como as pessoas lhe veem?Como é a sua imagem pública?
Sei que  contemos muitos “eus” dentro de nós;tantos,que nos surpreendem a cada dia,um deles tendo atitudes que os outros reprovariam e a gente se pergunta o que fazem os outros quando aquele prevalece.
Aqui,na minha terra,nunca leio um livro no banco da praça;mas,já fiz isto em outro lugar ou outro país.Pessoas passam,veem uma senhora de meia – idade, de óculos ,mergulhada num grosso tomo encadernado,esquecida do mundo  - o que será que  pensam?
- Que tanto esta mulher lê?Que coisas tão interessantes deve haver num livro?
- Olha só aquela senhora!Bolsa largada sobre o banco,não sabe que pode ser roubada?
- Deve ser uma intelectual,tão entretida com a leitura...
Nada disso; apenas uma pessoa que lê; e,lendo mergulha num mundo mágico onde nada mais interessa.
No shopping olham para mim; bem vestida, não com roupas de grife,mas,porque sei combinar os tons,arranjar os acessórios,criar um estilo,fruto de muito observar e de um profundo gosto pela harmonia e pela beleza.Pode-se escrever um poema,enquanto se troca de roupa.A harmonia,os detalhes,a combinação das cores é quase um poema.A moda, também, é arte.
As pessoas passam e veem aquela mulher bem vestida no meio de tanta gente nonchalant.Gente quase uniformizada,jeans,camisetas,sandálias...
O primeiro pensamento: uma riquinha fazendo compras.Uma aposentada sem o que fazer gastando um dinheiro duramente ganho no seu período ativo.Uma dondoca que vem ao shopping fazer compras e tomar um chocolate na casa de chá ,tão cara...
Enganaram-se todos; compro o que preciso e ando bem vestida porque me agrada.Não sou consumista,mas,gosto do que é bom.
A boa aparência é um dever para com a sociedade. Um sinal de respeito ao semelhante.Uma satisfação social.
Posso ser generosa e  possessiva.Posso ser simpática ou agressiva. Posso estar insegura e ter momentos de extrema coragem. Bem humorada ou triste.
Quem sou eu,realmente?Quantas Miriams habitam essa mulher que hoje sou?Tímida e insegura na adolescência,rebelde . desafiadora e segura de si ,hoje.
Se eu não fosse filha de meus pais ,se me chamasse Eugênia,seria diferente?
Se eu seguisse o caminho que meu pai traçou pra mim –faculdade,doutorado,vida acadêmica,será que eu seria melhor?
Se não tivesse casado e tido filhos será que sairia pelo mundo procurando aventuras?Mudando de pensão, andando a pé pelas calçadas,deixar amantes,namorados e,solitária andar por entre gentes como queria Camões?
Solitária  sempre fui e sou ,mesmo no meio de multidões;”lobo da estepe”,me chamava um amigo alemão,como eu apaixonado por Hesse.
Para meu pai e meus chefes ,uma grande vendedora,capaz de vender geladeira a esquimós;uma leitora compulsiva,para meus professores.
Mas ,lá dentro de mim, o que sou e o que quero?Não conviveria bem com a fama prefiro o anonimato.Não dou muita importância ao dinheiro,talvez por sempre  ter tido o necessário  e colocar a felicidade na porta da minha casa.
Muito franca,quem me conhece sabe que não atiro pelas costas.Tenho um dom muito grande que é só meu,de avaliar seres humanos.Sei o que eles pensam,mesmo que suas bocas pronunciem outras palavras.Para não me decepcionar muito com as pessoas,olho seus  olhos não seus lábios; eles costumam dizer tudo.
Coragem de romper laços,tomar decisões,cortar nós,isto tenho;começar de novo é uma arte que pratico com prazer e desenvoltura.Tanto estaria bem numa choupana como num palácio;sou camaleônica.Mas,claro,preferiria viver num palácio se lá habitasse ,também,a paz.
Tenho um dom incrível de despertar inveja, não sei bem porque; não sou rica,nem bonita,nem famosa.Apenas,vivo.
Ainda não sei bem o que fazer com meus eus,mas,isto não me importa. Deixo ás pessoas que convivem comigo o prazer da descoberta.

lEITORA

ESCRITORA

FESTAS LITERÁRIAS

AVÓ

"IMORTALIZADA NA CARICATURA"

AOS 4 ANOS


AOS 15 ANOS


                      CASAMENTO




AUTOGRAFANDO

ACADÊMICA

                                                       EDITORA


                                                               CONSELHO ÚTIL



CANTINHO DA POESIA

A Angústia

Nada em ti me comove, Natureza, nem 
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos, 
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro, 
A solene dolência dos poentes, além. 

Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções, 
Da poesia, dos templos e das espirais 
Lançadas para o céu vazio plas catedrais. 
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons. 

Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer 
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar 
Dessa velha ironia a que chamam Amor. 

Já farta de existir, com medo de morrer, 
Como um brigue perdido entre as ondas do mar, 
A minha alma persegue um naufrágio maior. 

Paul Verlaine, in "Melancolia" 
Tradução de Fernando Pinto do Amaral 


O POETA PAUL VERLAINE
França 
30 Mar 1844 // 8 Jan 1896 
Poeta 


A ARTE DE ESTHER ROGESSI



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