VAMOS RIR!




HUMOR SOB O OLHAR FEMININO ENCERRA A FLICA 2012


Bate-papo bem humorado encerrou as atividades do evento. 
Temas picantes ganharam destaque na discussão.




A mesa 'Elas também Riem', que aconteceria no sábado (20), às 14h, encerrou neste domingo (21) a programação da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), no Recôncavo Baiano. Participaram do debate a atriz e apresentadora Maria Paula e a escritora baiana Miriam de Sales, além do mediador da mesa, o ator e apresentador Jackson Costa. O bom humor deu o tom da conversa, regada a piadas picantes, muitas histórias contadas, aplausos e reações calorosas do público.

Miriam de Sales, que vendia bijuterias para ajudar no salário de professora, falou da sua relação com o humor e da facilidade que tem em escrever sobre o assunto. “Humor é o que vai saindo de cada um”, afirmou. Ao ser questionada sobre como começou a escrever, ela apimentou a conversa ao declarar que “a Literatura é como a masturbação, um ato solitário”, mas deixou claro que não fala de sexo explícito nos seus livros, ao contrário do que muita gente pensa. “Por causa do meu livro 'Contos Apimentados', outro dia uma jornalista disse que eu escrevia sobre sacanagem”, declarou arrancando gargalhadas do público. “Tenho que falar sobre sacanagem porque não estou mais na idade de fazer", confessou aos risos a escrItora baiana que vai completar 70 anos em dezembro.

Liberdade e limite
Outro ponto da conversa que ganhou empatia do público foi quando Maria Paula falou sobre liberdade, em referência ao seu livro 'Liberdade Crônica'. “A gente tem liberdade mesmo, não estamos condenados só às nossas escolhas. Podemos mudar quando quisermos. A cada dia, a gente tem a chance de fazer diferente. Somos seres livres, e como seres livres, nós podemos mudar”, afirmou. Ao falar sobre a liberdade das mulheres, foi ovacionada pelo público. “Hoje as mulheres não são livres, elas têm que parecer sempre jovens, magras, bonitinhas. Mulheres, se libertem!”, exclamou sob uma salva de aplausos entusiasmados. As debatedoras também comentaram sobre o limite do humor. “As pessoas estão muito acostumadas a fazer um humor que ataque o outro. Eu gosto mais de rir com coisas picantes do que de piadas racistas”, declarou Maria Paula.
Despedida
Miriam encerrou sua fala destacando a importância da Flica e da presença do público no evento. “O que me motiva a escrever é o público. Cada vez que uma pessoa fala para mim que riu com o meu texto, que ele serviu de inspiração, isso me dá uma alegria imensa. É isso que me leva a escrever”, concluiu Miriam. No fim, cada uma contou uma piada e ambas seguiram para a mesa de autógrafos, acompanhadas por uma multidão de fãs e admiradores..




Ida SandesDo G1 BA, em Cachoeira (BA)


Nenhum comentário:

Postar um comentário