quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

NATAL!

UM PRESENTE PARA MEUS LEITORES E SEGUIDORES



NATAL
                                           OLAVO  BILAC
Jesus nasceu ! Na abóbada infinita

Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria ...



Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus ...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na Cruz.



Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.



Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes,
Foi para os pobres seu primeiro olhar.



No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia.
Vêem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.



Sobrem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu ! Natal ! Natal !
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal !



Natal ! Natal ! Em toda Natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia ...
Salve, Deus da Humildade e da Pobreza,

nascido numa pobre estrebaria.



Príncipe dos poetas brasileiros, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 - 28 de dezembro de 1918) foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
Conhecido por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era republicano e nacionalista; também era defensor do serviço militar obrigatório.1 Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi eleito "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-Fon. Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros"

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