quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O DINHEIRO E NÓS!



Como são as suas relações com o dinheiro?
Algumas pessoas perguntadas, me disseram:-amo-o mas,não consigo controlá-lo;já outras,respondem:-preferia não ter que me preocupar com ele.
Mas,nós sabemos que é uma utopia;todos temos de conviver com gastos,débitos,compra,venda,sobrevivência,enfim;temos que ter cuidado redobrado para esticá-lo para dar até o fim do mês.Toda dona de casa tem a função de controlar os gastos para que o salário do marido(parco,na maioria das vezes)dê para manter a família com dignidade,correndo dos débitos que extrapolam o orçamento,dos imprevistos e das necessidades que aparecem ser serem esperadas.
Desde cedo, adolescente ainda,aprendi com meu pai a manter um livro caixa;nele,escrevia meus gastos e recebimentos,diariamente.Levei muito tempo para entender o que ele me ensinava:quando o caixa recebe,deve,quando paga é que tem haver.E,entre deves e haveres ,aprendi a lidar com o dinheiro.
Por isso, fujo do crédito fácil,que é a moda hoje em dia;claro,as pessoas querem ter suas coisinhas,afinal,o supérfluo é que alegra a vida,e,os mais humildes agora têm acesso a cartões de crédito e débito,podem comprar bens e pagar em “suaves prestações mensais” que não pesam no bolso,mas-e,sempre tem um porém-,no meio do prazer-e se perdem o emprego!?,Como ficará a vida dessa pessoa?
Andei espiando os juros do Itaú,por exemplo;550%ao ano!Você não leu errado,não.é isso aí,mesmo.Isso,nos cartões de crédito;no cheque especial 660%ao ano.Nunca tive nenhuma familiaridade com drogas,mas,acho que nem vender cocaína dá tanto lucro.
Quer ter tranqüilidade?
Comece a pôr num papel todas as suas contas.Acrescente eventualidades,gastos menores,como o cafezinho diário que ninguém contabiliza,consertos fora de hora,essas coisinhas que nos tiram do sério e comprometem o programado.Aí,entra-se no cheque especial;e, o cara tá lenhado;vai demorar para ter sossego financeiro novamente.Alguns nunca conseguem.
Já vi muitos casos assim,principalmente entre funcionários públicos que eram meus clientes e me mostravam o “contra-choque”.onde não havia nada a receber;o banco tinha ficado com tudo.
Isso me destruía.eu pensava:como alguém pode viver assim!
É um circulo vicioso cruel,uma escravidão sem Lei Áurea,pois a pessoa ia de novo ao banco para ter dinheiro e atravessar o mês,e ficava nessa dança macabra,deve,paga,toma,deve,paga novamente,um sabá financeiro doloroso e sangrento.
Tenho muito medo desse crédito fácil na mão de pessoas que não sabem nada sobre finanças.
Sempre achei que a matéria Finanças devia fazer parte do currículo escolar.Meus filhos sempre tiveram mesadas que tinham que dar até o fim do mês;se acabassem tudo numa semana,ficariam roendo embira,como se diz na roça,até o novo pagamento.
Com a crise que se desenha no horizonte,o fantasma do desemprego,como ficará a sociedade?Esperava que o desastre americano não cruzasse o oceano.Mas,veio,embora como uma marolinha.
E,não estamos livre de outras.
Por isso,todo cuidado é pouco.Cautela e caldo de galinha,dizia minha avó,não faz mal a ninguém...

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