“A vida é contada por um idiota cheia de som e fúria e,no
fim,não significa nada”.(Shakespeare)
Assim começa o novo filme de Woody Allen.Uma estória
divertida,bem contada,cheia de boas gags e com um final previsível.
Uma estória de dois casamentos cujos sons e fúrias são
desenvolvidos através da batuta genial do mestre Woody Allen.
De longe,eu o acho melhor quando filma fora dos
States,pois ,o cáustico humor inglês parece-se muito mais com o dele.Dois casais
de idades diferentes e unidos por laços de sangue,em conflito.Alfie, Anthony
Hopkins) um jovem senhor de 70 anos,em busca da juventude perdida,envolvido com
uma prostituta e Helena (Gemma Jones)
que,vítima dessa busca,procura consolo nas vozes do além,através de uma
charlatã,Crystal ,que sempre lhe diz o que ela quer ouvir.
Paralelamente,esboçam-se os problemas conjugais da sua
filha,Sally (Naomi Watts) e seu genro ,Greg,(Josh Brolin),no presente
apaixonado por uma bela indiana,Dia;além disso passa os seus dias (trocadilho
infame) brigando com a sogra que sustenta a ambos e esperando a resposta da editora sobre a
publicação do seu livro. Com o andar da carruagem,digo da fita,o cômico vai se
tornando mais trágico e a dor,a frustração dos personagens vai aflorando,embalada
pelas belas músicas do do jazz ,preferidas do diretor:When you wish upon the stars, My sin, When my baby smiles, Only you...
Achei Antonio Banderas um pouco deslocado,no papel do
chefe de Sally e sua nova paixão.
Se a gente não conhecer o homem dos nossos sonhos,pelo
menos, passaremos momentos agradáveis no
cinema,comendo uma pipoquinha e aprendendo muito com Woody Allen sobre os
tumultuosos caminhos da mente humana.
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