quinta-feira, 3 de junho de 2010

QUINCAS BERRO-D’ÁGUA, O FILME


Fui ver o filme,extraído do livro de Jorge Amado,”A Morte de Quincas Berro-D’Água e me encantei.

Trata-se de uma produção muito bem feita e,dentro das limitações,fiel ao texto impresso.

A estória do senhor de classe média alta e família tradicional que trocou uma “vidinha de merda” como ele mesmo dizia pela esbórnia,chutando o pau da barraca,tem muito a ver com o espírito baiano,incapaz de carregar cangas ou cangalhas,livre e irreverente pela própria natureza.

Seus companheiros de copo,o Cabo Martim,o sempre romântico e donzelo Curió,o Pastinha, o atrapalhado Pé de Vento,trazem cada um deles ,um pouco da alma baiana manimolente e arteira,extraindo a alegria de viver da pobreza e das humilhações ,dos problemas com a polícia e com a sociedade,dita,estabelecida.

As imagens do Centro Histórico,a Bahia de outrora,que também aparece no meu novo livro,são lindas de viver,inclusive o pôr do sol no Farol,seja da Barra ou Mont-Serrat.

As trapalhadas de Quincas e sua turma pelas ladeiras da velha cidade são hilárias. Não faltam confusões nos terreiros e bares,no fracassado enterro de Comendador,na estupefação da família,lutando para encobrir a real estória do malfadado parente.

A cena final,do Quincas discursando ,caindo de bêbado ,atracado à estátua de Castro Alves,na praça do mesmo nome é antológica.

Pausa para admirar o trabalho dos atores ,perfeitos nos seus papéis,e a correta direção de Sérgio Machado(Cidade Baixa).

Elenco:

Paulo José (Quincas Berro D'Água)

• Marieta Severo (Manuela)

• Mariana Ximenes (Vanda)

• Vladimir Brichta (Leonardo)

• Flávio Bauraqui (Pastinha)

• Irandhir Santos (Cabo Martim)

• Luís Miranda (Pé de Vento)

• Frank Menezes (Curió)

• Othon Bastos (Alonso)

• Walderez de Barros (Tia Marisa)

• Mílton Gonçalves (Delegado Morais)

• Carla Ribas (Otacília)

• Germano Haiuti (Tio Eduardo)

• Eurico Brás (Agenor)

• Angelo Flávio (Zico)

• Maria Menezes (Lolita)


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