quarta-feira, 25 de agosto de 2010

TABAREU AÉCIO E CORONEL SERRA





                                               (Diálogos Possíveis)

Um cunversê para a posteridade

-Bom dia ,amigo Aécio

-Dia,coroné Serra.

-Estendi-lhe minha mão.Não vai apertar?

-Num posso,tou c’artrite.

-Não é artrite é LER:Lesão por exercício competitivo.O amigo usa muito o PC?

-Inhô não.Essa coisa de PC é cum o Collor. E fedeu!

-O prezado recebeu minha carta convidando-o para ser meu vice?Era uma carta importante lhe oferecendo um cargo importante.

-Aquele papelzin’ com umas letrinhas miúdas?Bão,tava no mato disprivinido...Fiz outro uso dele.O coroné me adisculpe.Tava apertado.

-Nossa,você não devia fazer isso!Estou sem vice.O compadre quer me transformar numa vergonha nacional?Pense no partido.O Guerra vai ficar uma fera!

-Num gosto de Guerra,coroné,sou da paz.Adoro dança e muié.Mas,pruquê o sô coroné num bota o Guerra?

-Porque ele tem um monte de fantasmas no gabinete dele.Já pensou que pratinho prá oposição?

-Antão ,escoie a muié,Cuma é o nome!? a qui gosta de baitas fazendas...

-O amigo fala da Kátia?Ela não quer...

-Vejo qui o coroné tá cheio de dificulidade.Acho qui é pruquê se meteu cum o demo.Minêro num qué nada com esse cara.Vade retro!

-Por isso apelei para o compadre.Meu vice será o próximo presidente do Brasil.

-Me deixa queto,coroné.Tou bem como tô.Esse negoço de vice chama olho gordo.As véis dá até puliça,deus me livre.Sou pobre,mas,sô limpinho.

-Mas,que coisa! Nem acredito.Somos do mesmo partido,mas,parece que o amigo guarda ódio congelado.Não entendo,fala-se tanto da hospitalidade mineira.

-Apois;é só o coroné adoecê qui te visito todo dia;faço mingau di cachorro,levo a muié prá fazê sopinha,tudo...

-Reconsidere,Aécio.Vamos ficar bem.

-O coroné tá cansado de sabê;Minêro num briga mais também não faz as pais.





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