segunda-feira, 29 de março de 2010

PARABÉNS PARA UMA VELHA SENHORA

PELOURINHO,PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

Salvador faz hoje 461 anos. Nossa bela capital,apesar da idade,está cada dia mais nova e saudável.Apesar do seu lado austero,cheia de monumentos centenários e 365 igrejas,como diziam os antigos(nunca contei,mas,sei que são inúmeras,vetustas e,quase todas muito ricas),uma nova cidade começa a surgir,com bairros urbanizados e elegantes,largas avenidas,hotéis luxuosos e condomínios maravilhosos cercando suas praias.A cidade enfrenta ainda,muitos problemas,comuns aos grandes centros urbanos do país:segurança,saúde,educação,transporte;mas,aos poucos e com paciência(uma virtude dos baianos)tudo vai sendo resolvido a contento e podemos receber bem,com o jeitinho baiano tão cantado em prosa e verso,os turistas que nos visitam.
Não sei se o brasileiro é “o homem cordial”, de que nos fala Buarque de Holanda,no seu “Raízes do Brasil”;mas,sei que o baiano é cordial,amistoso,alegre,companheiro e sempre pronto a receber bem quem nos visita.

Nossas portas estão sempre abertas e sempre cabe mais um nos nossos corações.
A cidade que hoje aniversaria foi saudada pelo sol e seus raios de luz e calor envolveram todos os seus filhos; o mar trouxe uma brisa fresca e as árvores pareciam sorrir. Afinal, é festa na Bahia!

Mas,me diga,ioiô,quando é que não é?
À tarde, na Praça Tomé de Souza ,teremos um bolo monumental para saudar a “menina”,logo depois de um ato ecumênico com a participação do Coral da Cidade;mais tarde,samba e alegria não vai faltar.
Hoje também, fazem 501 anos da chegada do primeiro europeu a viver na cidade,Diogo Álvares Correia,o Caramurú,que casando-se com a filha do cacique Taparica,a bela Catarina Paraguaçú,deu origem á miscigenação entre as raças brasileiras,que fizeram deste país uma ilha de paz e concórdia,graças ao entendimento entre raças diferentes.
Para celebrar esta alegria, termino com os belos versos finais do poeta Martins D’Alvarez sobre a Bahia:
Bahia, filha de um sonho
Que teve Nosso Senhor,
Depois fazer o universo,
No dia que descansou;
E, que depois de criada
Agradou tanto ao Criador
Que este de uma só penada
-com letra bem caprichada-
escreveu sobre a fachada
“Terra de São Salvador!”

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